Padre José Eduardo está furioso! O Fiel Católico

Padre José Eduardo está furioso!
O Fiel Católico

“BURRICE”, “PESSOAS SEM CÉREBRO”, “indecentes”, “infelizes”, “seriedade fingida”, “miséria moral”, pessoas que “chamam sua mãe de prostituta”(!)… Estes são apenas alguns dos adjetivos usados pelo Revmo. Padre José Eduardo para se referir aos membros do CDB após a polêmica envolvendo o lançamento de um livro que aponta erros no Catecismo de 1992 (falamos a respeito aqui).

Uau! Parece que, no entendimento do sacerdote, a prudência, a caridade e o cuidado na escolha das palavras só são importantes na hora de se lidar com quem realmente prostitui a doutrina, a liturgia e a moral católicas. Eu, pelo menos, nunca vi ele se indignar tanto e nem usar de palavras tão duras contra tantos verdadeiros hereges que temos infiltrados no seio da Igreja. Mas para lidar com pessoas que lutam pelo resgate da Tradição (ainda que escorregando e errando muitas vezes, a meu ver), valem pedradas e xingamentos. Ele também não leva em consideração, nem por um segundo, que o trabalho que o CDB faz, bem ou mal, tem importância para não poucos leigos sinceros e que muita gente retornou à Fé ou mesmo se converteu pela leitura de algum dos muitos títulos excelentes que eles publicam. Tempos tristes, estes…

Além disso, de algum tempo para cá, todos os posts do Padre em suas redes sociais são no sentido de defender a ortodoxia do Concílio do Vaticano II. Por algum motivo, ele, que já foi mais crítico, parece ter mudado de posição no meio desse verdadeiro circo, o “Fla-Flu” que se tornou essa triste pendenga. É como uma guerra de torcidas, em que ninguém mais pondera onde está a razão ou o que aconselha o bom senso. Simplesmente toma-se partido deste ou daquele. Em nossos posts em redes sociais, uns dizem: “Fechei com o Padre”, e outros: “Fechei com o CDB”… É isso, virou a torcida do Padre contra a torcida do CDB. Mais um triste evento que só confirma o que tenho dito e repetido aqui: o que estamos presenciando são apenas lances da guerra entre conservadores e tradicionalistas, enquanto os verdadeiros adversários da santa Igreja, os modernistas, seguem fazendo a festa.

Seja como for, parece que, na opinião do Padre, as novidades radicais trazidas pelo Vaticano II não trouxeram nenhum tipo de divisão para a Igreja, mas a culpa por toda divisão recai exclusivamente sobre os que se atrevem a questioná-lo. Uma posição curiosa, porque foi por meio do próprio Concílio que os leigos ganharam tanto espaço e poder na Igreja, e é algo que o próprio Catecismo de 1992 garante, com todas as letras e com ênfase, no seu cânone 212.

Sinceramente, eu lamento profundamente a atitude condenável dos membros do CDB de procurar o bispo do Padre José Eduardo para criticá-lo, o que faz parecer que eles estejam mesmo perdendo a noção do seu lugar enquanto leigos. Para além do todo mérito da questão, o mínimo que se esperava de pessoas católicas é que tivessem a hombridade de, numa situação de controvérsia como esta, concordar que discordam com o Padre — ou com qualquer outro. Mas também é fato que eles o convidaram respeitosamente para o debate, e ele se recusou, com algumas dessas palavras nada moderadas que reproduzi no início deste artigo.

Importa notar, ainda, que o sentido da queixa na mensagem do CDB ao Bispo é razoável, e é este: por que só os que assumem uma posição mais alinhada ao tradicionalismo é que  são acusados de “dividir a Igreja”? Raramente vemos uma reação tão indignadas da parte de bispos ou padres contra muitas falas e ações muito mais graves, quando partem de progressistas no seio da Igreja.

Segue o circo, segue a guerra de torcidas. Deus tenha misericórdia de nós, e nos ilumine, porque erramos aflitos no meio de uma tempestade que só vai serenar, como sabiamente disse um leitor, quando Nosso Senhor se levantar e ordenar aos ventos que rugem: “Ligue para si mesmo!”.



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